Translate

Translate

domingo, 16 de fevereiro de 2014

Coffeeneuring até São Brás de Alportel

 Hoje tinha todas as desculpas possíveis para poder pedalar que é como quem diz, havia sol depois de duas semanas chuvosas, pouco vento pouco frio e era domingo. Pegar na bicicleta para fazer 50 ou 60  kms. nas calmas sem pressa era tudo o que queria.
O sino da igreja já tinha tocado as dez badaladas da manhã  quando saí  em direcção a Loulé rumo a São Brás de Alportel. Parar  beber um café dar uma volta pelas ruelas antigas, ver coisas bonitas e voltar  para casa satisfeito foi assim o passeio. Ah! entretanto vocês façam o favor de serem felizes tá.



                     







quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Alqueva 400 kms



Brevet Randonneur Mondial

Alqueva  400 kms

25 Maio 2013

25 h 40m a pedalar


 Não sei por onde começar, mas sair para a estrada a pedalar á meia-noite em ponto de luzes acesas colete refletor, capacete todo artilhado como quem vai ali e vem já, no meu caso 25h 40m depois não lembra a ninguém. Pois é mas se acrescentar que eram cerca de trinta e tal malucos em fila indiana a sair de V.F. Xira em direção a Pegões para fazer só 400 kms  parece que há por aí pessoal bater mal, mas não este pessoal sabe o que quer e tem muito juízo é coisa de randonneurs.


Eu sai no meu ritmo se bem que chamar ritmo a quem acaba por afinal quase não pedalar por falta de tempo, outras por falta de vontade devem de estar a imaginar. Lá fui ora sozinho ora acompanhado até perto de Pegões, altura que deixei de ver o pessoal que se foi afastando até desaparecerem. A noite até estava agradável e com um luar de Lua Cheia que quase não era preciso luzes.


Para trás ficou Pegões, Montemor o Novo á saída abasteci água numa fonte na estrada (sabia que era a única hipótese de abastecimento áquela hora estava tudo fechado, no entanto não encontro as carteiras de pó para misturar na água devo ter esquecido) para  Évora que ficou também para trás, o dia começou a nascer na estrada já perto de Reguengos de Monsaraz.
 
 
Por aqui dá para ver como este Alentejo tem afinal água e mais água, esperemos que seja bem usada nos tempos vindouros e  em Mourão já  na bomba de gasolina eu a chegar e dois colegas a partir, faço o controle regista-se a hora de passagem, tomo um pequeno almoço e sigo viagem.

Pelo caminho faço a subida de calçada em Póvoa de S. Miguel com direito a acompanhamento e ladrar de cão. Não sei se é a subida que é difícil ou se as pernas e o cansaço dão sinal de atividade, mas realmente os kilómetros têm metros intermináveis por esta altura e estou a pedalar a menos de 12km/h, isto está a ficar doloroso, de tal maneira que começo a ponderar deixar a bicicleta em Moura, voltar para VFXira e depois apanhar a bicicleta noutro dia. A certa altura era impossível pedalar, parei saio da bicicleta e os músculos das pernas era um formigueiro de dor que mal me continha de pé, baixar quase impossível  tento fazer alongamentos, agacho-me levo uma eternidade para lá chegar equilibrado na bicicleta, quando me levanto sinto calores, suor frio e tento controlar o corpo para não cair isto está mesmo mal. Recupero como mais uma sandes e encontro as carteiras do pó para misturar na água, bebo bastante e está tomada a decisão tentar chegar a Moura e desistir.
 

Retomo a estrada  calmamente sem mais nada senão chegar a Moura, entretanto passa por mim um ciclista  no seu treino  e diz-me com ar animador - bora siga não desista.
Fico a pensar será que este tipo sabe o que o que estou a passar?. Comecei a descer a descer e placa a dizer Moura  uf  estou safo, mas era preciso subir para lá chegar. Começo a subir e penso que isto vai doer até lá cima ai vai vai, mas não doeu nada as pernas estavam sem dores mas o que é isto.


Lá estava a Filomena  á espera faço o controle mesmo num barzinho sento-me alimento-me abasteço de água e espero um pouco enquanto conto as aventuras. Imagino que seria perto do meio dia  ou quase já estavam percorridos 200 km, começo a convencer-me que vou continuar mas se aparecerem sinais de novo, acabou fica para a próxima. Eu a sair a Angela a chegar mas estava com receio de esperar por ela e depois ficar para trás  preferi ir ao meu passo não quero forçar.

Atravesso a barragem do Alqueva, aquilo é mesmo grande e é água por todos os lados, apanho calor e subidas até Portel. Agora não são as pernas é a fadiga geral estou roto e sonolento. Paro nos bombeiros dirijo-me ao bar como qualquer coisa, mas  tenho uma vontade enorme de adormecer meto a cabeça debaixo de água as pernas também, sigo caminho mas o cansaço não me deixa pedalar muito nem manter um ritmo certo o vento não ajuda, já estou em Ferreira do Alentejo com o sol a queimar forte. No controle para descansar beber água gelado sei lá, sou informado que a Angela está a dormir no carro e que está quase a acordar, espero por ela como desculpa para descansar mais um pouco mas o sono é muito.

são talvez 4h da tarde ou mais e saímos em direção a Montemor o Novo, apanhamos algum vento pedalamos comemos uma bifana e coca cola algures acho  que era Santiago do Escoural e subimos bem  até  Montemor o Novo em direção a Pegões. O sol já se escondeu as luzes já vão ligadas e em Vendas Novas comemos uma sopa abastecemos água seguimos caminho. Há muito que eu já vinha em "piloto automático" ou seja focado em terminar, antes da reta do cabo já nos últimos kms deixo a Angela adiantar-se pois estava sem forças. Fiquei sozinho no meu passo, de repente a meio na reta a Angela a pé com a bicicleta á mão, agora era ela com dores nos braços. Não me fui embora acompanhei-a na caminhada, não a ia deixar ali sozinha naquele escuro pelo menos até á ponte onde a iluminação era boa e depois era bem mais fácil para ela.
Dou por mim a fazer a ultima subida  na bicicleta são agora 1h e 40m, acabo de chegar ao ultimo controle na entrada do parque em VFXira,  25h e 40 m depois de ter saído daqui no dia anterior á meia noite, e para satisfação dos volutários presentes dos randonneurs, pois só faltava eu e a Angela terminar. Incapaz de manter uma conversa despeço-me dos voluntários, aviso que a Angela vem a pé mas já está a atravessar a ponte e que chega antes do controle fechar o que os deixou mais descansados e sorridentes pois só eu e a Angela ainda não tínhamos chegado. Eu estava totalmente desfeito, só queria tomar um banho quente e dormir até o corpo querer assim o fiz.

Até á próxima  a gente vê-se por aí, até lá
Façam o favor de ser felizes





sábado, 9 de março de 2013

Planicies e Montados 300


Brevet Planicies e Montados 300 kms
Randonneurs  Portugal
2 de Março de 2013
16 horas a pedalar


Fonte.Randonneurs  Portugal


Eram precisamente 6 horas da madrugada ainda o dia não se tinha mostrado, quando um bando de  randonneurs começaram a pedalar de luzes ligadas e colete reflector em direcção ao sul, atravessando a ponte de Vila Franca de Xira, para mais um brevet de 300 kms.
Porém, foi preciso estar 1 hora antes para fazer as verificaçoes técnicas e documentais, briefing, cumprimentar e ver caras conhecidas, outras novas, nas instalações do Complexo de Piscinas Municipais de VFXira.

Fonte. Randonneurs  Portugal
 
300 kms. para cumprir em 20 horas, não, nunca tinha feito nada igual, mas confesso que já andava a dar voltas ao cérebro, vou não vou, é pá vou. Treinar quer dizer andar de bicicleta nesta altura do ano sinceramente está frio, chove,  sei lá,  não me faltaram desculpas para evitar a bicicleta pelo que  quase não andei. Porém, estava mentalmente disposto a fazer.

Fonte. Randonneurs  Portugal
 
No começo tudo foi mais ou menos calmo e eu acabei no pelotão bastante grande, lá na frente até Salvaterra de Magos, a partir daí formaram-se alguns grupos e eu entrei no meu ritmo sózinho, já me habituei a pedalar sózinho, tipo aquela imagem do fim dos livros do Lucky Luke (I´m a poor lonesome cowboy and a long long away from home...),  não é o mais aconselhável, mas enfim lá fui pedalando sem grandes preocupações nem andamentos fortes até Ponte Sor.
Fonte. Randonneurs  Portugal
 

 
Chegado a Ponte Sor  só fui parar depois da ponte já à saída, mas depois achei melhor ir á procura do Posto de Controlo no intermarché que já tinha passado. Lá estavam duas caras bonitas para nos receber, comi uma sopa, conversei um bocadinho, deram água, retoquei a "maquilhage" hahaha... e parti.

Fonte. Randonneurs  Portugal
 
Estavam feitos poucos mais de 100 kms e era preciso continuar, só que à saida de Ponte Sor virava-se em direcção a Avis, acabou a planicie começaram os montados, apareceu o vento que parecia vir de frente e começaram as subiditas e foi um sobe e desce constante. Para trás foi ficando Avis, Arraiolos, e finalmente Montemor o Novo, eram  cerca de 17 horas e 30 minutos.
Na Pastelaria Pão Nosso de Cada Dia, lá estava o Posto de Controlo com mais dois voluntários para nos receber, anotar a passagem, comer mais uma sopinha, que me soube de maravilha, abastecer água e pronto, toca a andar.
 
 
Fonte. Randonneurs  Portugal
 
Estavam completos mais de 200 kms e a partir de Montemor já me era familiar a estrada de outras andanças, pelo que tirando ligeiras dores no "alguidar" de estar tantas horas sentado o resto não estava assim tão dorido. Tinha agora, se nada acontecer, tempo suficiente para mantendo a calma e alguns cuidados (avisos feitos pela organização) para pedalar já noite pela recta de Pegões em direcção a VFXira. E lá fui, ainda tentei parar para uma bifana, mas achei melhor acabar com as sandochas que tinha preparado para  trazer e assim comer quando fosse caso, e assim o fiz, mais umas quantas passas e figos secos lá fui levar a verdadeira "seca" de pedal para completar os 300 kms, não sem antes já dentro de VFXira fazer a última subida, a mítica desgraçada e penosa antes de terminar. Entro na subida, encho o peito de ar, olho para cima e.... que se lixe subo  a pé que tenho tempo e preciso de caminhar um pouco, e lá fui  ladeira a cima voltando a subir para a bicicleta,  aproveitando a última descida até final onde tinha a comitiva oficial dos Randonneurs de Portugal, o Pedro Alves, o Albano, e a Filomena entre outros. Eram 10 horas da noite e estava realizado o brevet Planicies e Montados 300 de 2013.
 
Nota. Um agradecimento  ao trabalho dos Randonneurs Portugal, pela organização de mais um brevet e  acima de tudo aos "Voluntários" que sem eles é impossivel realizar estes eventos. Aproveitando para fazer uma chamada de atenção - nós gostamos de chegar,  estar tudo a postos e organizado, pedalar, terminar e até á próxima. O espirito randonneur também é ser voluntário, em eventos que não possamos pedalar, e seja possivel  estar do lado de dentro "voluntários" a ajudar a aprender e a apercebermo-nos, daquilo que passamos quando pedalamos. E isso faz toda a diferença!
 
 
 
 
Até lá, façam o favor de serem felizes.
 
 

sábado, 10 de novembro de 2012

Pedal ando até Aivados

Quarteira -Aivados (ir e voltar)

1 dia

203 kms.

15 de Setembro 2012


O dia amanheceu quente e solarengo como se o verão ainda estivesse a meio. O Carlos Bernardo  e eu na realidade andamos metidos no "LSD" eu explico; é mais ou menos isto, "long and slow distances" e  tinhamos combinado depois de agosto  ir até Aivados por nada de especial, apenas pedalar cerca de 200 kms. Embora a aldeia só por si tenha uma história singular por ser uma "aldeia comunitária"  e como tal regida de forma diferente, talvez única em Portugal.
Acabamos por saír de Quarteira já depois das 9 hs. e com o calor já forte,em direcçâo ao destino pela EN125, perto de  Messines uma reparação na corrente(elo de corrente aberto)e lá fomos pela EN 264
 
 
hoje mais conhecida por IC1. Passando por Sº. Marcos, Stª. da Serra, e Aldeia de Palheiros por volta da 1h da tarde e muita água bebida fomos almoçar no já habitual "restaurante nefama", o prato do dia ensopado de borrego estava uma maravilha.
 
 
Forças retemperadas, chegar a Aívados eram apenas cerca de mais 20 kms., lá fomos nós com um calor terrivel até ao destido que por volta da 3 horas da tarde era de esperar nem viva alma por terras do Alentejo, apenas o bar da associação estava aberto e meia duzia de pessoas por lá, aproveitados para comprar água fresquinha e toca andar para o Algarve.
 
 
 
O percurso de volta foi o mais dificil a temperatura estava muito acima dos 30º, o calor obrigou a baixar o ritmo pois tornava-se dificil respirar com o ar tão quente que se sentia, claro que fomos parando para nos alimentarmos e beber liquidos. Chegámos a casa por volta das 20 horas. Nestas andanças de "LSD" não é fácil encontrar quem se disponha a pedalar/partilhar tanto tempo e companhia é fundamental.
Uma palavra de agradecimento ao meu amigo Carlos Bernardo pelo companheirismo. Pedalámos pouco mais de 8 horas, o resto foi conversa
 
Até lá façam favor o favor serem felizes, e digam qualquer coisinha.
 
 
 
 
 
 

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Pedalando até Grândola

Quarteira-Grândola-Quarteira

2 dias
340 kms.

11 e 12 Maio de 2012


O telemóvel tocou 3ª feira da parte da tarde,era o Carlos  a perguntar-me se queria dar uma volta de bicicleta com ele.Na 6ª feira quero ver se vou a Grândola e voltamos no sábado para Quarteira.
Ficou combinado e na 6ª feira 8,30 h. estávamos a pedalar pela EN 125 até Ferreiras, Messines, EN 264 que passou para IC1"modernisses", Sº Marcos, Santana da Serra, por volta da 1h. da tarde Ourique(na realidade Aldeia de Palheiros), parámos para almoçar, entre 2 ou 3 restaurantes escolhemos o maior, e que parecia ter movimentos de camiões sinal de que normalmente se come bem e mais em conta, no restaurante pastelaria Nefama, pedimos bebidas frescas e almoço. A surpresa foi que da conversa com o pessoal do restaurante nos conhecemos á cerca de 20 anos atrás e morávamos perto uns dos outros, só que  as barrigas e os cabelos brancos estavam a dificultar. Foi um momento muito bom rever amigos de longa data, é assim a vida  feita de encontros e desencontros de partidas e chegadas, mas tínhamos que continuar até Grândola. Foi o que fizemos chegámos por volta das  19 h. ao quartel dos Bombeiros onde nos esperavam , onde tomámos  um reconfortante banho  e nos ofereceram uma cama para passar a noite o que foi muito bom. Agradecer a forma como fomos acolhidos nunca é demais, o nosso muito obrigado a todos os Bombeiros de Grândola.
O dia esteve quente mas com nuvens e pouco sol o que facilitou os andamentos,o vento não ofereceu muita resistência. Percorremos cerca de170 kms.e 7,50 h. a pedalar.

No sábado fizemos o percurso para baixo mas o sol aqueceu bem com céu limpo a queimar bem na parte da tarde, saímos ás 8,30 h. chegámos a Quarteira por volta das 19h., percorremos cerca de170 kms. e 8,20 h. a pedalar. Consumimos cerca de 10 garrafas de 1,5 lt. de água,mais uns sumos,cervejas. galões etc.etc.
Foram 2 dias a pedalar bastante agradáveis percorremos 340 kms. o que mostra que não nos preocupamos com os kilómetros que percorremos mas sim pelo gosto de  pedalar, pelo companheirismo e conversar ( e fomos conversando o tempo todo).
Esta estrada (EN 264 / IC1) embora com algum movimento (evitar custos na auto-estrada), constatamos que podemos pedalar numa faixa sempre larga lateral nos dois sentidos com alguma segurança (claro que temos que ter sempre atenção e respeitar as regras de trânsito), notámos sim cada vez mais a sensibilização dos automobilistas, pelas buzinadelas e pelos braços de fora a saudar-nos, mostra que há espaço/respeito para todos.
Até lá vão pedal ando também e....
Façam o favor de serem felizes.